A FUNDAÇÃO DE FARTURA.
A região começou a ser colonizada por volta de 1870, desenvolvendo-se rapidamente, graças às terras ferteis. Quanto a origem do nome se dá devido a fertilidade das terras, mas também a abundância de peixes no Ribeirão Fartura. As duas fontes são corretas contadas pelos antigos moradores.
Em 7 de fevereiro de 1884, foi elevada à condição de Freguesia, ligada a termo de Itaporanga. E em 31 de março de 1891 teve sua ascensão à Município .
A doação das terras para patrimônio à Nossa Senhora das Dores, foi feita por Manoel José Viana mais conhecido por Manoel Remígio Viana filho de Remígio José Viana juntamente com sua primeira mulher Constança Maria de Souza ,em 1885, conforme consta na escritura 10.06.1885, nas notas do Tabelião de Itaporanga . As obras da construção da Igreja Nossa Senhora das Dores (1a Capela) foi lideradas pelo fundadores Luiz Ribeiro Salgado, e Vicente de Oliveira Trindade no segundo semestre de 1.880 sendo o marco inicial da fundação da cidade de Fartura.
HISTÓRICO DE DONA MARIA VEGA FERRERO
Maria Vega Ferrero nasceu em Ganame, província de Zamora em 9 de março 1894, filha de Noberto Vega e Teresa Ferrero, casada com Conrado Blanco Puente nascido em 9 de março de 1888 em Moral província de Zamora. Tiveram 7 filhos, Manuel, Teresa, Pio Clotilde, Belmiro, Hermínia e Domingos.
Era uma mulher extraordinária, não só como mãe, esposa, mas pela suas atitudes humanísticas tomando parte em todos os eventos da época. Tinha verdadeira adoração e orgulho pela cidade que a recebeu.
Com sua memória fora do comum, contava as histórias da cidade com tal clareza, emocionando a todos, que com ela conversasse.
Seu coração voltado para os necessitados, num gesto amoroso para com os pobres.
Na década de trinta foi fundada em Fartura a Legião brasileira de Assistência, tendo ela como uma de suas expoentes que junto com outras senhoras, que também fizeram história em Fartura.
A vida trás surpresas difíceis, uma calamidade assolou Fartura com a malaria. Enquanto muitas famílias saíram de Fartura, essas mulheres com seus maridos. Não! Permaneceram aqui, cuidando dos doentes, trabalhando incansavelmente, ajudando a enterrar os mortos, que foram muitos. Na ocasião receberam da LBA lençóis, cobertores, minimizando muitas dores.
Contava ela, com certa tristeza da companhia da Estrada de Ferro “Itararé - Fartura” que, mesmo com os trilhos chegando a Fartura ea casa da estação quase pronta, Fartura perdeu esse benefício por questões políticas.
Dona Maria Veja Ferrero, enquanto seus pais imigraram para o Brasil, ela ainda ficou na Espanha, com seus avós, até 1910, quando seu pai foi buscá-los.
Conrado e Maria, já namoravam em Espanha e ele em seguida veio também ao Brasil.
Em 1911 Maria e Conrado casaram na Capela que hoje é a Paróquia Nossa Senhora das Dores.
Inicialmente foram residir no sítio do pai e em pouco tempo mudaram para a cidade, onde compraram uma casa, que, depois venderam ao casal Ida e Chiquito e passaram a residir na antiga casa história da Praça da Matriz, antes Escola Feminina de Fartura.
Dona Maria Veja Ferrero era uma historiadora e vivenciou as grandes transformações pelas quais Fartura passou.
FARTURA
Datas Principais
Ascensão à Freguesia: 07 de fevereiro de 1884
Ascensão à Município: 31 de março de 1891
Instalação do Município: 10 de abril de 1891
Elevada a categoria de Comarca: 31 de dezembro de 1963
Aniversário do Município: 31 de março
Dia da Padroeira N. Sra. das Dores: 15 de setembro